No entanto, tudo isto não passa de mais uma recriação montada pela DGEMN nos anos 30 do século passado. Este monumento teve um percurso bastante agitado durante o século XIX e inícios do XX (dados do site monumentos.pt):
Estado do castelo em meados do século XVIII, com o paço quinhentista e a sua torre no extremo direito.
1753, Outubro - a antiga alcáçova ainda se encontrava em óptimo estado de conservação, conforme descrição da mesma;
1807 - invasão de Junot, na marcha para Lisboa, deixando o castelo bastante arruinado; 1818 - no Tombo dos Bens do Concelho, é efectuada uma medição das muralhas;
1821 - começavam a ser retiradas pedras do Castelo e do Paço pelos habitantes para construção das suas habitações;
1839, 9 Março - nova Portaria autoriza que fosse vendida parte das pedras das paredes do Castelo e telha e madeira do palácio;
20 Março - portaria permite a venda das telhas e dos madeiramentos;
19, 2.ª metade - pela acção do governador-civil Guilhermino de Barros, algumas muralhas foram reconstruídas, bem como algumas estruturas do palácio;
1875 / 1876 - início das obras no palácio, para adaptação a casa do professor da escola que se achava anexa, que não se concluiriam;
Vista para o castelo no início do século XX. Vêem-se três corpos distintos, sendo o central o paço quinhentista e o que resta da sua torre, e à direita duas torres que posteriormente desabaram.
1930 - desaba a última torre da muralha que já se apresentava em ruína;
1936, Março - uma tempestada provocou a derrocada da torre existente no ângulo E. / N.;
1936 - é solicitada à DGEMN um vistoria ao local e inicia-se o projecto de recuperação, como miradouro; simultaneamente, a Câmara solicitou um projecto de reconstrução ao engenheiro Manuel Tavares dos Santos, mas a falta de recursos tornou o projecto inviável.
Planta atual.
Montar o puzzle com as fotografias do SIPA foi ainda mais complicado desta vez. Antes da reconstrução, existiam as ruínas do palácio quinhentista e uma torre do castelo do lado direito, que posteriormente desabou.
A DGEMN decidiu demolir integralmente o que restava do paço e a parte superior do que restava da torre, reconstruindo-a e construindo uma calçada elevada em toda a muralha.
A reconstrução da muralha fez-se em diferentes fases e estilos:
E pronto, acabaram os posts sobre o passeio que dei de 24 a 26 de agosto. Ainda deu para me entreter um mês.
Sabias que é a cidade onde nasceu o padrinho? Antes dele nascer morámos na rua do Muro que fica perto do castelo. Depois mudámos para uma casa perto da estação da CP que ficava mesmo por cima de uma fábrica de chocolates: A Moçambicana. Muitos chocolates comemos. Ficou o vício...Beijinhos, filho
ResponderEliminar