terça-feira, 20 de dezembro de 2016

As minhas aventuras em Espanha


Visitámos Ciudad Rodrigo e Salamanca. Cada monumento por que passámos merecia um post, mas não foi com a intenção de perscrutar com pormenor que fomos, e por isso ainda ficou muito para ver quando voltarmos.

Ciudad Rodrigo

Tal como a vizinha Almeida, a que ainda não fui, Ciudad Rodrigo está protegida a toda a volta por uma fortificação abaluartada.





Na fachada Oeste é onde fica a torre da Sé. Costruída pelo arquiteto Juan de Sagarbinaga entre 1764 e 1772 em estilo neoclássico. Ainda podemos ver as marcas dos impactos da artilharia francesa contra a Sé, esta foi a parte mais assediada da cidade durante a Guerra Peninsular. [fonte]

Salamanca

Nunca tinha estado num sítio com tantos monumentos por metro quadrado. Em primeiro lugar duas fotos tiradas à noite que mostram as capacidades de um telemóvel atual:



As indicações são escritas diretamente nas fachadas em tons de grená ou bordô (este blog tornou-se momentaneamente na Pipoca mais doce):


As cantarias das portas não é constituída nem por lintéís retos nem por arcos romanos mas sim uma mistura dos dois, que com a passagem dos séculos e dos terramotos ganha novos contornos:



O arenito, de que são feitos os monumentos em Salamanca, é bastante fácil de esculpir, a que devemos trabalhos de escultura espetaculares, mas também é muito afetado pela erosão.


Por que é que nesta porta só as três primeiras fiadas de pedra é que foram afetadas? 



A correção mais comum que foi usada consistiu no espetamento de pregos, talvez acompanhado da colocação de mais algum material:


Também encontrei pequenos blocos metidos no meio de maiores (apesar de não perceber porquê):



Ou então simplesmente colocar capas nas pedras mais desgastadas:



Convento de San Esteban


O único monumento que visitámos em condições foi este convento em Salamanca. Chama a atenção a fachada da sua igreja coberta de esculturas:


Por todo o espaço estes espelhos mostram uma nova forma de olhar para o rendilhado do teto.


Para termos noção da grandiosidade deste monumento basta olhar para a sua sacristia, maior e mais trabalhada que a maioria das igrejas dos conventos portugueses:




O coro alto, que se vê na imagem anterior, é suportado por um arco com uma grande raio de curvatura e um amplo vão:


No entanto este não é o maior feito de engenharia no convento. A escada de acesso ao piso superior do claustro estava referida no guia, mas pensei que fosse apenas pela sua rica decoração, e por isso nem sequer a fotografei. Só ao ler a entrada na Wikipedia me apercebi da sua inovativa construção que tem como único apoio as paredes, dando origem ao primeiro vão de escadas de pedra que me lembro de ter visto:


Foi deste convento que partiram muitos peregrinos para a colonização da América, sendo que a viagem não correu bem a toda a gente, como está patente pelos retratos de mártires num altar da igreja.


Noutro local da igreja está esta grande marota que não perde nada que seja santuário ou capelinha para fazer das suas aparições:


E à frente dela está Nossa Senhora de Fátima.

1 comentário:

  1. Todo o artigo está muito bom, mas as duas últimas frases são de uma inspiração!... Não precisas, mas aproveito a deixa, e apelo à Nossa Senhora que te continue a iluminar! Beijinho, mãe

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