De qualquer forma, com algum esforço conseguimos ver motivos de interesse nesse bocado de terra, como por exemplo esta antiga fábrica (o ex-libris do sítio):
Impressionante. Mas para ser honesto há mais para ver no Louriçal, já que a inexistência de água canalizada até recentemente (associada ao anacronismo das condições de higiene neste remoto sítio) obrigou à manutenção de um aqueduto do início do século XVIII.
Tal como se vê na última fotografia, este aqueduto serve o Convento do Louriçal, ainda no ativo, que tem no seu interior algo verdadeiramente pitoresco. Graças ao altruísmo das mães do Louriçal, que querem impedir os seus rebentos de crescer num sítio tão mórbido como esta terra, conta este lugar com uma roda dos enjeitados, onde os pequenos são depositados para que com sorte sejam prevenidos de qualquer contacto com a terra natal.
Outro atributo estranho num mosteiro, que costuma ser uma edificação com pouca comunicação com o exterior, é esta porta, através da qual as freiras garantem uma estadia prolongada nos Hospitais da Universidade de Coimbra, que mesmo que efémera, as livra por algum tempo do contacto com o Louriçal e seu povo.
PS: Este post continuava por aí fora, mas uma habitante local achou que até aqui foi tudo muito fidedigno, mas o texto que se seguia não era de bom gosto. E entre ela e a crítica honesta e desinteressada, ela. Acaba aqui. Estás contente assim?