sexta-feira, 10 de julho de 2015

Roteiro quinhentista de Condeixa-a-Nova

Começa este roteiro na Quinta de São Tomé, que estava ao abandono até há dois anos atrás.[1]


 [2]

Hoje alberga um museu sobre Conímbriga (foi a função para a qual arranjaram financiamento, e se funcionou, então foi uma boa aposta) e ainda mantém traçados originais da sua edificação no início do século XVI.



Estes últimos arcos eram por onde entrava um canal de água que no interior do edifício ia mover uma azenha. [3] No centro de Condeixa (não sei em que período data) dei com outra construção com a mesma morfologia:


Este é um esquema genérico da instalação:

 [4]

Por fim (lamento a pouca extensão deste roteiro, mas Condeixa-a-Nova não é propriamente Belém), ficamos com a casa dos colunas, que conjuga vários elementos manuelinos (arcos no rés do chão e colunas no 1º. andar) e vai ser reconstruída daqui a alguns anos. Há referências à data de construção como sendo no século XVI  [5] e outras em 1632  [6], mas vamos incluí-la neste roteiro quinhentista porque eu mando.


A imagem atual não é muito enternecedora, especialmente se comparada com uma um pouco mais antiga:

[7]

No entanto, as colunas foram removidas em 2005 por a casa ameaçar ruir, e parte dela foi já cimentada. Eu sei que o material mais adequado é a cal hidráulica, por o cimento portland corroer a pedra, mas isto são trabalhos de emergência feitos por técnicos não especializados em restauro que se destinam a manter o edifício em pé até uma intervenção mais profunda.
E pronto, acho que já explorei o suficiente do concelho de Condeixa por esta semana. De certeza que um dia quando voltar aqui muita coisa estará melhor. (que chatice, eu gosto é de ruínas...)


Fontes; 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7

Sem comentários:

Enviar um comentário