A zona da Devesa fica no sopé do monte e é a mais recente. Esta é uma construção típica do concelho de Mêda:
O Arrabalde é mais antigo - fica abaixo da muralha que circunda o primitivo povoado:
Em 1527/32 viviam 73 morados no Arrabalde e 68 intra-muros, enquanto em 1732 eram 76 fora e 32 dentro. Nesta altura era alcaide mor o Marquês de Távora, o que se revelou desagradável já que depois da sua condenação o castelo caiu em ruínas e o espaço intra-muros foi completamente abandonado, sendo utilizado no século XX já só para espaços públicos - duas igrejas, cemitério e escola primária (na antiga câmara, que foi sede de concelho até 1855). [fonte]
O espaço intra-muros está hoje todo destruído, tirando algumas reconstruções que para bom entendedor meia parede basta.
A Torre de Menagem foi reconstruída pelo Estado Novo em 1942, e comparando com uma foto que vá se lá saber como a Lídia tirou exatamente do mesmo sítio de uma anterior (e ela não tirou assim tantas) podemos ver como são insondáveis os critérios dos restauradores:
E as ameias amigos, onde as meteram?
Há uma outra particularidade que podemos ver nesta foto, que é a aldeia estar cheia de oliveiras, plantadas pelos habitantes nas casas dos antepassados (sem conotação histórica, só mesmo pelo azeite).
Outra espécie que encontrámos dentro do recinto fortificado de Marialva foi a figueira-do-inferno, que chamou à Lídia os seus instintos básicos de agricultora e se pôs desfreadamente a colhê-la para travar a sua disseminação.
A melhor forma de ter experiências etnográficas nos lugares que visito continua a ser trazer sempre toda uma etnografada na mala do Nissan.
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